Apresentação dos cabeças de lista à Câmara e Assembleia Municipal do Cartaxo

Francisco Colaço e Pedro Mendonça
"Socialistas de confiança"


"Democratizar, Desenvolver, Dignificar " é o mote das candidaturas do Bloco de Esquerda à Câmara e à Assembleia Municipal do Cartaxo, lideradas, respectivamente, por Francisco Colaço e Pedro Mendonça.
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A apresentação pública dos candidatos teve lugar, na última sexta-feira (dia 3 de Julho), num encontro que contou a participação do dirigente e deputado nacional Fernando Rosas e com a presença da presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro, entre as dezenas de cidadãos, muitos independentes ou militantes em outros partidos, que encheram por completo o Restaurante Pele.

A urgência de "um tempo novo", alicerçado na ética, transparência, justiça, exigência e na participação cidadã, foi realçada por todos os oradores, como alternativa a três décadas de poder autárquico ao serviço de clientelismos e de interesses neo-liberais que prejudicaram o Cartaxo e os cartaxenses.
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"A história de mais de 30 anos de Câmara PS é uma história de mais do mesmo, ou seja, uma cada vez mais bem instalada monarquia de interesses, voltada para o seu umbigo e para os seus próprios consortes", disse Francisco Colaço. O cabeça de lista à Câmara do Cartaxo, actual deputado municipal, lembrou a acção desenvolvida localmente pelo BE na última legislatura.
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"Foram 4 anos de intervenção a favor da cidadania, na defesa de um provedor do munícipe, de um orçamento participativo, de uma política patrimonial coerente com a nossa identidade cultural, uma política de juventude e de valorização pessoal e profissional das pessoas, cruzada com projectos de desenvolvimento tendentes à criação de emprego de qualidade e de elevada qualificação, de uma política social que se solidarize com os atingidos por mais esta crise do capitalismo, sobretudo os desempregados e os idosos, uma política ambiental que nos coloque ao nível do que se considera um município amigo do ambiente. Ouvimos as populações, somos a voz dos munícipes que, em cada dia, nos transmitem as suas angústias, problemas e injustiças.
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Defendemos transparência e rigor na gestão das contas públicas e dos assuntos de gestão autárquica".
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Francisco Colaço defendeu a importância de retomar os três "D" de Abril, agora sob uma nova forma - Democratizar, Desenvolver, Dignificar, "tal como em 1974, para terminar com o estado a que isto chegou".
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Nesse sentido, propõe uma democracia participativa, um desenvolvimento sustentado, enquadrando os interesses económicos, com os sociais e os ambientais, "capaz de escrever o futuro sem apagar a memória identitária desta terra". Propõe, ainda, como condição essencial para alcançar os objectivos anteriores, dignificar o poder local devolvendo ao concelho os "princípios da ética republicana, colocando o interesse público acima de qualquer interesse privado".
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Afirmando-se "Socialistas de confiança", os candidatos criticaram a política do PS no Cartaxo.
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"Três décadas em que a governação foi mudando, sempre para pior. Tantos anos PS no poder tornaram-no surdo, provinciano, autoritário e sem projecto ou ideias que não sejam as do betão e da megalomania", disse Pedro Mendonça que criticou também todo o processo de alienação do Campo da Feira:

"Quando os cidadãos ouvem que o Campo da Feira está a leilão, nós estamos cá para gritar que a nossa alma não será vendida pelo preço mais alto. Afirmamos de uma forma clara e frontal que não empenhamos as nossas memórias para pagar as contas da pequena mercearia camarária.
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Como é possível decidirem um assunto desta gravidade sem debate, sem consulta, às escondidas de toda a gente? Como é possível o poder decidir aprovar a construção de um Parque Urbano num momento de crise como este, em que as casas que estão à venda não se vendem?
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Será que nem sequer colocou a hipótese de um grande Parque Verde? onde obviamente se pudesse fazer a feira e o Mercado Mensal?"

Exigir uma auditoria às contas da Câmara, disponibilizar online todos os processos camarários, reforçar a aposta nos orçamentos participativos, na discussão pública dos assuntos que a todos dizem respeito, incentivar o voluntariado social e comunitário, tirar do papel a rede de solidariedade, propor a classificação municipal de edifícios relevantes do concelho e lutar para que exista uma política de ambiente séria, foram algumas das ideias desde já avançadas pelo cabeça de lista à Assembleia a Municipal.
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As Listas do Bloco de Esquerda provam que no Cartaxo existe uma alternativa socialista e de confiança, existe uma alternativa para vivermos com mais democracia, mais desenvolvimento, com mais dignidade.
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A seu tempo, após consultas aos Cidadãos e Associações, o Bloco de Esquerda apresentará um programa completo de governo para o Concelho do Cartaxo.